HISTÓRIA
Segundo a tradição local, o município de Batalha teve sua origem nas lutas travadas entre os colonizadores portugueses e os indígenas. Essas lutas prolongaram-se até o completo desalojamento dos aborígines.
Por volta do século XVIII, começaram a ser povoadas as terras por onde hoje se estende o município de Batalha, que é, assim, um dos mais antigos do Estado do Piauí.
Em 1794, houve um surto de melhoramento no povoado. A população aumentou consideravelmente e teve inicio a construção da Igreja de São Gonçalo, padroeiro do local, que só em 1814 foi concluída, dotada de sino de grande sonoridade, fundido na cidade de Barras em 1838.
Em 22 de agosto de 1853, foi criada a freguesia de São Gonçalo de Batalha e, pouco tempo depois, a Resolução Provincial n° 395 de 15 de dezembro de 1855, elevou-se a categoria de vila. A instalação solene verificou-se a 7 de setembro de 1858, sendo José Floriano de Castro seu primeiro governante.
Batalha teve o nome alterado para o de Campos de Sales pela Lei estadual n°197, de 23 de junho de 1899, em homenagem ao grande estadista brasileiro, todavia, onze anos depois, a 13 de julho, voltou à primitiva denominação.
O Decreto estadual n°1279, de 26 de junho de 1931, extinguiu o município, sendo seu distrito incorporado ao município de Barras, por efeito do Decreto-lei n°1536, de 2 de maio de 1934, teve restaurada, porém, a sua autonomia.
A vila de Batalha foi elevada à categoria de cidade em virtude do Decreto estadual n° 147, de 15 de dezembro de 1938, e a instalação realizou-se a 1° de janeiro do ano seguinte.
A evolução urbana com a ocupação territorial de Batalha, de acordo com o seu histórico e analisando a grau de urbanização ocorrido desde a sua origem, pode ser dividida em três épocas: a que vai desde os primórdios até a década de 70, cujo núcleo urbano corresponde ao atual centro da cidade, envolvendo a praça da Igreja Matriz e as ruas do seu entorno; da década de 70 até a década de 80, com verdadeira explosão populacional de ordem de 92,8% resultando numa ampliação do núcleo inicial, indo até as proximidades dos morros que circundam a cidade; e da década de 80 até hoje, período em que se observa uma expansão urbana em menor intensidade (91,5%, nas duas décadas), com o avanço de mancha urbana ao longo das rodovias que interligam Batalha aos municípios vizinhos.
Aspectos Geográficos
Dados gerais do município
- Área: 1.589km2
- Ano de Instalação: 1938
- Microrregião: Baixo Parnaíba Piauiense
- Território: Cocais
- Altitude da Sede: 80m
- Distância da Capital: 143km
Localização do Município:
A cidade de Batalha, em termos geográficos, está localizada entre as coordenadas 4°01´28,4´´de Latitude Sul e 42° 04`36´´de longitude W.Gr.
Limites do Município
Batalha se limita com os seguintes municípios:
- Ao Norte: com Joaquim Pires, São José dos Divinos e Esperantina;
- Ao Sul: Piripiri e Barras;
- Ao Leste: Brasileira, São José do Divino, Piracuruca e Piripiri; e
- A Oeste: Barras e Esperantina.
Aspectos Físicos
I – Clima
As condições climáticas do município de Batalha (com altitude da sede a 150m acima do nível do mar), apresentam temperaturas mínimas de
II – Geografia
As formações Cabeças, Longa e Poti, são as unidades geológicas pertencentes ás coberturas sedimentares que dominam na totalidade a área do município de Batalha.
O grupo Barreiras reúne arenito, conglomerados, intercalados de siltito e argilito. A formação sardinha destaca-se com basalto e diabásio. A formação Poti sobressai-se com arenito, folheto e siltito. A formação Longa engloba arenito, siltito, folheto e calcário. Na base do pacote sedimentar repousam sedimentos da formação Cabeças que agrupa arenito, conglomerados e siltito.
Dois domínios hidrogeológicos estão também presentes: Rochas sedimentares da Bacia do Parnaíba e do Grupo Barreiras e Basaltos da formação sardinha.
III - Vegetação
A composição da cobertura vegetal do município de Batalha está constituída por uma transição envolvendo o bioma do cerrado e da caatinga. Estão presentes também, transições vegetais caatinga/cerrado caducifólio e floresta ciliar de carnaúba/caatinga de várzea.
IV – Solos
No município de Batalha identificaram-se agrupamentos indiscriminado de solos, classificados como: Lateritas Hidromórficas mal drenados, bem espessos, textura arenosa; areias quartzosas de fertilidade natural baixa, textura arenosa, profundos, excessivamente drenados e solos concrecionários de baixa aptidão agrícola; textura argilosa e laterização.
V – Recursos Hídricos
O município de Batalha está inserido na bacia hidrográfica do Rio Longa. Em termos de águas superficiais, os principais cursos que drenam o município são: os rios Longa e dos Matos, além dos riachos Macambira, Tabuleirinho, Fundo e D´anta.
VI – Dinâmica populacional
O município de Batalha ocupa uma área geográfica de 1.589,00km2, o que representa 0,63% da área do Estado do Piauí. A população desse município segundo dados do IBGE, Censo 2004 era de 25.800 habitantes.
FESTAS TRADICIONAIS
· Cachoeira do Urubu
Hino de Batalha
Letra: José Nicodemos da Rocha
Ó filha do Sertão deste Brasil
Plantada nos rincões do Piauí
És bela, forte, impávida és viril
Orgulho dos que nascem por aqui
Ao contemplar tua agreste serrania
E o verde vale onde reina a paz
Tua imagem radiante luzidia
Ardente amor ao coração nos trás
ESTREBRILHO
Batalha terra eternamente amada
Teu nome nosso peito faz pulsar
E para te ver sempre exaltada
Para a glória havemos de lutar
Acena com esperança palma
O verde leque de teus carnaubais
De confiança enche a nossa alma
O farfalhar de teus canaviais
Riachos serpenteiam murmurando
Ao solo da ametista tremeluz
Ó mãe, aurora surge proclamando
Os dons e as virtudes que possuis
Ó terra de tão secular história
Bendita seja por teu ideal!
O teu passado canta a tua vitória
Que em árdua luta é nosso fanal
Na memória estão os nossos pais
E o passado dorme no teu chão
Os sonhos deles tornam-se reais
E nós guardamos sua tradição
Batalha marcha avante com firmeza
Lutando para ser sempre melhor
Teu nome já reflete tua grandeza
Que em cada geração será maior
Teus filhos preparados pra peleja
Avançam com o triunfo em cada mão
É a chama da certeza que flameja
No coração do infante ao ancião.
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